“Vale Tudo” recria cena de “Laços de Família”: Com leucemia, Afonso raspa o cabelo
A sequência presta uma homenagem explícita à icônica cena em que Camila (Carolina Dieckmmann) corta os cabelos durante o tratamento de câncer
30 de Julho de 2025 às 13:45
Em cena prevista para ir ao ar no dia 29 de agosto em “Vale Tudo”, Afonso (Humberto Carrão) vai raspar a cabeça em uma cena de forte apelo emocional, após ser diagnosticado com leucemia. A sequência presta uma homenagem explícita à icônica cena de “Laços de Família” (2000), em que Camila (Carolina Dieckmmann) corta os cabelos durante o tratamento de câncer.
De acordo com fontes da coluna, Humberto Carrão topou a proposta e vai gravar em breve as cenas careca. O ator abriu mão da vaidade em nome do personagem e se jogou na emoção exigida pelo momento. A cena será exibida ao lado de Solange (Alice Wegmann), que raspa o cabelo de Afonso em casa, em clima íntimo, enquanto o casal conversa sobre os gêmeos que ela espera.
Até aí, tudo bem. O problema — ou pelo menos o que chama atenção — é a velocidade com que tudo acontece. Em apenas dois capítulos, Afonso começa a se sentir mal, tem febre, sangramento nasal, é diagnosticado com leucemia, comunica a família, inicia os preparativos para o tratamento e já raspa os cabelos. Um turbilhão que, na lógica da novela, acontece em dois dias.
Não há tempo para assimilação emocional nem para construir o drama com profundidade. A velocidade atropela o peso da narrativa. A cena de Camila, em “Laços de Família”, ficou marcada não apenas pelo corte de cabelo, mas pela longa jornada até aquele momento — foi um clímax que levou meses para se formar. Aqui, é tudo instantâneo. O diagnóstico mal é absorvido e já se parte para a dramatização total.
A roteirista Manuela Dias claramente presta tributo à novela de Manoel Carlos, mas opta por condensar todo o arco dramático de uma leucemia agressiva em dois capítulos. É eficaz? Sim. Emociona? Provavelmente. Mas também levanta o debate: será que o público está sendo levado mais pela nostalgia do que por uma construção narrativa consistente?
Entre a homenagem e a pressa, “Vale Tudo” vai entregar mais um episódio com cara de “urgente” — fiel ao tom do remake, que parece ter pavor de deixar qualquer trama respirar. Afonso careca é imagem forte, sim. Mas a força da cena poderia ser ainda maior se tivesse sido conquistada, e não apenas entregue.
Fonte: Leo Dias
Foto: Reprodução/Globo
De acordo com fontes da coluna, Humberto Carrão topou a proposta e vai gravar em breve as cenas careca. O ator abriu mão da vaidade em nome do personagem e se jogou na emoção exigida pelo momento. A cena será exibida ao lado de Solange (Alice Wegmann), que raspa o cabelo de Afonso em casa, em clima íntimo, enquanto o casal conversa sobre os gêmeos que ela espera.
Até aí, tudo bem. O problema — ou pelo menos o que chama atenção — é a velocidade com que tudo acontece. Em apenas dois capítulos, Afonso começa a se sentir mal, tem febre, sangramento nasal, é diagnosticado com leucemia, comunica a família, inicia os preparativos para o tratamento e já raspa os cabelos. Um turbilhão que, na lógica da novela, acontece em dois dias.
Não há tempo para assimilação emocional nem para construir o drama com profundidade. A velocidade atropela o peso da narrativa. A cena de Camila, em “Laços de Família”, ficou marcada não apenas pelo corte de cabelo, mas pela longa jornada até aquele momento — foi um clímax que levou meses para se formar. Aqui, é tudo instantâneo. O diagnóstico mal é absorvido e já se parte para a dramatização total.
A roteirista Manuela Dias claramente presta tributo à novela de Manoel Carlos, mas opta por condensar todo o arco dramático de uma leucemia agressiva em dois capítulos. É eficaz? Sim. Emociona? Provavelmente. Mas também levanta o debate: será que o público está sendo levado mais pela nostalgia do que por uma construção narrativa consistente?
Entre a homenagem e a pressa, “Vale Tudo” vai entregar mais um episódio com cara de “urgente” — fiel ao tom do remake, que parece ter pavor de deixar qualquer trama respirar. Afonso careca é imagem forte, sim. Mas a força da cena poderia ser ainda maior se tivesse sido conquistada, e não apenas entregue.
Fonte: Leo Dias
Foto: Reprodução/Globo
