Uma pesquisa da Universidade Texas A&M concluiu que mais da metade dos cães nos EUA está acima do peso. O estudo revelou ainda que muitos tutores acreditam que os seus animais estão "perfeitamente saudáveis", mesmo quando apresentam sinais claros de obesidade. A pesquisa analisou quase 14 mil cães em todo o país e identificou também as raças mais predispostas à "obsessão por comida" — fator determinante na tendência à obesidade.

A pesquisa, publicada na revista "American Journal of Veterinary Research", apontou que raças esportivas, como golden retriever e labrador, obtiveram as maiores pontuações em um índice de "motivação alimentar" — uma métrica criada pelos pesquisadores para avaliar o grau de obsessão dos cães por comida. Essa pontuação foi construída com base em questionários respondidos pelos tutores, que relataram comportamentos como mendigar comida, roubar alimentos e aparentar insatisfação mesmo após as refeições.

A pesquisa evidenciou ainda a falta de conscientização por parte dos tutores: cerca de 24% discordavam das avaliações veterinárias sobre o peso de seus cães e subestimavam a real condição física dos animais. A obesidade dos cãezinhos podem ocasionar o desenvolvimento de diabetes, artrite, doenças renais e até a redução da expectativa de vida.

Além das raças esportivas, cães sem raça definida (popularmente conhecidos como vira-latas, no Brasil) também apresentaram altos índices de motivação alimentar — embora, em média, 10,2 pontos abaixo dos esportivos. Já raças não esportivas, como buldogue e poodle, mostraram menor propensão a esse comportamento, com pontuações 4,1 pontos abaixo da média.

A pesquisa também revelou que o ambiente em que o cão vive influencia seu comportamento alimentar. Cães que residem em locais com mais de um animal, por exemplo, apresentaram uma "motivação alimentar" 3,56 pontos acima daqueles que vivem sozinhos — possivelmente devido à competição por comida.

Os cães que vivem em áreas urbanas também demonstraram maior desejo por alimentos do que os do meio rural, talvez por terem menos oportunidades de se exercitar ou por estarem expostos a mais estresse, esclareceu o site americano.

Nos últimos anos, o número de animais de estimação ao redor do mundo cresceu de forma expressiva, refletindo uma relação cada vez mais próxima entre humanos e pets. Entre os países que mais se destacam nesse cenário estão Japão, Rússia, Brasil, China e Estados Unidos.

No Japão,cães e gatos são tratados como verdadeiros companheiros de vida, muitas vezes ocupando o lugar de filhos para famílias que optam por lares menores e rotinas mais práticas. Na Rússia, com uma cultura que valoriza especialmente cães de porte maior, são guardiões e membros da família. Mas principalmente os gatos ganham um espaço especial dentro de casa.

O Brasil figura entre os países com maior população pet do mundo, impulsionado pelo carinho do brasileiro com os animais e por um mercado pet que não para de crescer. Já na China, cães e gatos são vistos como integrantes da família e recebem cuidados que incluem desde alimentação premium até serviços personalizados. É importante destacar que o polêmico festival de consumo de carne de cães e gatos representa uma minoria cultural e é cada vez mais rejeitado pela própria população chinesa, que em sua maioria apoia a proibição dessa prática.

Fechando o ranking, os Estados Unidos lideram com a maior população pet global, onde mais de metade dos lares possui pelo menos um animal de estimação. A relação entre humanos e animais nesses países mostra como os pets deixaram de ser apenas “animais domésticos” para se tornarem parte essencial da vida moderna.


Fonte: Extra e Leo Dias
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