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Funcionários da Gucci ameaçam entrar de greve por falta de pagamento
A Kering, conglomerado dona da Gucci, Saint Laurent e Balenciaga, prometeu bônus para funcionários da grife italiana em 2022
Por Alessan Silva
08 de Agosto de 2025 às 13:37
Aproximadamente mil funcionários sindicalizados da Gucci ameaçaram entrar de greve por conta da falta de pagamento de um bônus prometido para o período de 2022 a 2024. Mais de um ano depois, o valor ainda não foi pago pela Kering, conglomerado francês de luxo que também comanda marcas Saint Laurent, Bottega Veneta e Balenciaga.
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A disputa trabalhista envolve principalmente os setores de varejo e logística da Gucci na Itália, representados por diferentes sindicatos. Os grupos afirmam que a Kering não cumpriu com os acordos previamente estabelecidos e reivindicam o pagamento do bônus de bem-estar social, uma espécie de incentivo que complementa os benefícios dos trabalhadores.
Nos últimos meses, outras gigantes da indústria de luxo, como Armani, Loro Piana, Dior e Valentino, também foram alvo de denúncias trabalhistas ou polêmicas envolvendo práticas questionáveis. A greve ainda não foi oficialmente confirmada, mas caso o impasse se prolongue, a pressão pode impactar diretamente o desempenho da Gucci no segundo semestre.
Crise na Gucci A Kering divulgou, no fim de julho, os resultados do primeiro semestre de 2025, quando registrou queda de 15% (em base comparável) nas vendas durante o período, em comparação a 2024. A Gucci, especificamente, teve uma queda de 25% no segundo trimestre, para 1,46 bilhão de euros, um recuo semelhante aos três meses anteriores.
A crise acontece em um momento delicado para a Gucci, que já enfrenta desafios criativos e comerciais, além de estar no centro de um ambiente instável para marcas de luxo europeias.