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Mutirão para coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas inclui IML de Americana
O objetivo é alimentar a rede de perfis genéticos, possibilitando que famílias de desaparecidos obtenham respostas.
Por Keller
27 de Agosto de 2024 às 05:30
Americana é uma das cidades paulistas que estão incluídas no mutirão para coletar DNA de familiares de pessoas desaparecidas, que segue até sexta-feira (30). O procedimento deve ser feito no Instituto Médico Legal (IML), na Avenida Angelo Pascote, 90 - Distrituo Industrial Nossa Senhora de Fátima. O objetivo é alimentar a rede de perfis genéticos, possibilitando que famílias de desaparecidos obtenham respostas.
Entre novembro de 2023 e maio de 2024, pelo menos 24 restos mortais foram identificados em São Paulo por meio do banco de DNA. Conforme o relatório da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, o Estado está entre os três que mais alimentam essa base de dados, tanto com o DNA de pessoas e restos mortais não identificados quanto o de familiares de desaparecidos.
“A gente pode dar uma resposta aos familiares de desaparecidos que, muitas das vezes, ficam procurando seu ente querido por anos. É extremamente significante. Eles não sabem se a pessoa sumiu de propósito ou foi vítima de um acidente, sequestro ou qualquer outra coisa. Com a rede de perfis genéticos podemos fazer essa comparação de DNAs pelo Brasil todo”, enfatizou a perita criminal, diretora do Núcleo de Biologia e Bioquímica da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Ana Claudia Pacheco.
O que precisa levar e como é realizada a coleta do DNA?
Para a coleta, é necessário que a pessoa apresente obrigatoriamente o Registro Geral (RG), ou outro documento com foto válido em território nacional, e o boletim de ocorrência de desaparecimento do familiar. O recolhimento do material genético é realizado a partir de células da mucosa oral, extraídas por meio de um cotonete passado no interior da bochecha. Também pode ser feita a partir de uma gota de sangue do dedo da mão.
O DNA de familiares de primeiro grau da pessoa desaparecida está na ordem de preferência para a coleta. O material genético do pai, mãe, filhos e irmãos biológicos do desaparecido tem mais chances de a genética corresponder. O genitor dos filhos da pessoa desaparecida também pode doar. É recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta.
Se for possível, os especialistas solicitam que o familiar leve objetos que possam ter material genético da pessoa desaparecida, como amostra de cordão umbilical, algum dente que se tenha guardado ou escova de dente.
Endereços e contatos para a coleta do DNA no estado de São Paulo
São Paulo
IML Central
Endereço: Avenida Dr. Eneas de Carvalho Aguiar, 600 - Cerqueira Cesar.
Telefone: (11) 3088-731
IML Oeste
Endereço: Avenida Doutor Gastão Vidigal, 307 - Vila Leopoldina.
Telefone: (11) 3836-9135
Santo André
IML Santo André
Endereço: Avenida Prestes Maia, 3445 - Setor Príncipe de Gales
A Delegacia da Pessoa Desaparecida está à disposição para esclarecer eventuais dúvidas por meio do telefone (11) 3311-3549. A Divisão de Desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo (SMDHC) também está apta para auxiliar em informações e cadastro através do WhatsApp (11) 97549-9770.