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Qual era o cachê pago pela G Magazine, que ganhará documentário?
Nomes como Túlio Maravilha, Vampeta e Alexandre Frota já revelaram seus cachês para fazerem capas da G Magazine.
Por Alessan Silva
27 de Agosto de 2024 às 13:23
O anunciado documentário do Globoplay sobre a G Magazine promete trazer de volta alguns sex symbols dos anos 1990 e 2000 e resgatar histórias de bastidores. Uma curiosidade que perdura até hoje é quanto aos cachês pagos aos modelos que estampavam as capas.
Enquanto muitas mulheres mudaram de vida ao posarem nuas para a capa da Playboy, comprando carrões e apartamentos, o mesmo não acontecia com os homens. A G Magazine vendia menos que a Playboy, por conta da homofobia do país e da época, e isso se refletia também nos cachês pagos.
O jogador Vampeta garante que recebeu R$ 100 mil para estampar a G Magazine em 1999. Na época, seu salário no Corinthians era de R$ 25 mil. Ele recebeu um cheque que compensou no dia seguinte para fazer o ensaio. Ficou satisfeito. Corrigidos pela inflação, os R$ 100 mil equivalem a R$ 477 mil hoje em dia.
Um ano depois, o cantor Latino recebeu R$ 200 mil, segundo ele. Achou ótimo. “Me deram R$ 200 mil para colocar o pinto pra fora e eu já fiz isso tantas vezes de graça. Foi esse meu pensamento. Eu precisava quitar o apartamento de uma filha minha. Ou dar de entrada. Não lembro direito”, contou.
Por sua vez, o jogador Túlio Maravilha diz que fez várias exigências para posar nu para a G Magazine. Já em fim de carreira, ele pediu participação nas vendas, além do cachê antecipado. Segundo ele, recebeu R$ 1 milhão no total – mas tudo leva a crer que ele jogou esse valor para cima. Ou corrigiu pela inflação.
Alexandre Frota, recordista de capas da G Magazine, já contou que recebeu R$ 300 mil (corrigido pelo IPCA, R$ 912 mil) para a 84ª edição da revista – aquela em que posou com outros homens em clima de festa. “Tive festa de lançamento para duas mil pessoas, R$ 300 mil na conta, passagem e hospedagem para o Caribe com acompanhante… Delícia”, lembra o ator e político.
O ator e cantor Rodrigo Phavanello, na época no Dominó, nunca revelou quanto ganhou para ser capa da G Magazine. Mas falou que foi uma grana alta. “Era um dinheiro que achei que nunca ganharia na minha vida. Minha mãe era uma negociante muito boa e fechou uma porcentagem [das vendas] para mim. Deu para comprar um apartamento”, afirma.
Cachê em queda na reta final da revista Já deu para notar que o valor pago variava muito e era decidido caso a caso, certo? Muitas capas traziam modelos que não eram famosos. Esses recebiam bem menos. Já quem “tinha nome” – e demanda – faturava mais.
Em 2001, Iran Malfitano, protagonista de “Malhação”, declinou uma oferta de R$ 70 mil da G Magazine. Achou pouco. Em 2008, a revista já negociava cachês entre R$ 10 mil e R$ 40 mil, segundo notícias da época.
Em 2009, a revista chegou a anunciar que havia feito sua maior proposta (sem revelar o valor) para o ator português Ricardo Pereira. Mas ele não aceitou.
G Magazine: 10 homens que precisam estar no documentário O Globoplay confirmou que está produzindo um documentário sobre a revista G Magazine, que circulou entre 1997 e 2013 no Brasil. O veículo, considerado de suma importância para a cultura gay brasileira, ficou conhecido por despir homens famosos. Era o equivalente da Playboy para o público gay.
Alexandre Frota, Mateus Carrieri, Latino, Vampeta, Túlio Maravilha, Tony Salles e Rodrigo Phavanello são alguns dos homens que posaram nus para a G Magazine e serão entrevistados para o documentário, segundo a Folha de S. Paulo. Alexandre Frota fez cinco capas para a revista.
O documentário é considerado uma das apostas do Globoplay para 2025, embora a plataforma não confirme a previsão de estreia.
1. Anderson Di Rizzi (Dânder): O ator Anderson Di Rizzi estampou a primeira edição da revista no Brasil, quando ela ainda se chamava Bananaloca Magazine, em 1997. Na época, ele ainda não era um ator conhecido e usou o nome de Dânder na capa. Foi apresentado como “garoto da lama”.
2. Vitor Xavier: A primeira G Magazine com o nome de G Magazine saiu em outubro de 1997. O modelo Vitor Xavier, conhecido por participar do “Programa Raul Gil”, foi a capa. Essa edição histórica é vendida em sebos na Internet até hoje.
3. Mateus Carrieri: Mateus Carrieri foi o primeiro ator famoso na capa da G Magazine, em 1998. Ele já tinha feito várias novelas na Globo e vinha de “Chiquititas” no SBT. Mateus foi capa da G Magazine quatro vezes – incluindo edições ao lado do filho Kaíke e do ator Alexandre Frota.
4. Alexandre Frota: Alexandre Frota é o campeão de capas da G Magazine: ele fez cinco ensaios fotográficos para a revista. O primeiro foi em 2001, logo depois de “A Casa dos Artistas”, quando estava em alta. Segundo o ator e político, ele recebeu R$ 300 mil para fazer uma capa em 2004 acompanhado de outros homens.
5. Alex Sanches: Outro nome que merece aparecer no documentário é o dançarino do Gera Samba Alex Sanches, capa da G em 1998 e em 2002. Ele foi o primeiro negro retinto a estampar uma capa da revista.
6. Vampeta: Outra edição histórica da G Magazine foi com Vampeta. Ele foi o primeiro jogador de futebol a enfrentar o machismo da torcida e posar para a revista gay. Segundo o próprio jogador, ele recebeu R$ 80 mil para ser capa da G em 1999.
7. Rodrigo Pavanello: Rodrigo Phavanello foi o primeiro cantor famoso a aparecer na capa da revista, em 1999. Ele era integrante do grupo Dominó e acabou fazendo outro ensaio nu para a G em 2001. Rodrigo disse que comprou um apartamento com o cachê e que nunca havia recebido um valor tão alto por um trabalho.
8. Roger: Depois de Phavenallo, outros cantores tiraram a roupa para a G Magazine. Mas um que merece destaque é Roger, do Ultraje a Rigor. Ele foi o primeiro roqueiro a ser capa da revista, com a chamada “Pelado! Pelado! Um Ultraje sem nenhum Rigor”.
9. Dicesar: A capa do ex-BBB Dicesar também foi um marco na G Magazine. Foi a primeira drag queen a aparecer na capa – montada como Dimmy Kier – e não precisou ficar pelado na revista. Dicesar apareceu ao lado de modelos nus.
10. Sergey Henir: A G Magazine saiu de circulação em junho de 2013 com sua 176ª edição. O modelo russo Sergey Henir fez a última capa da publicação, com um ensaio sensual sem nu frontal.