HM de Americana foi decisivo para salvamento de atleta, diz equipe médica

A equipe médica do Hospital Unimed de Ribeirão Preto elogiou, nesta quinta-feira (12), o atendimento de emergência prestado ao jogador Pedro Severino, do RB Bragantino, logo após o grave acidente que sofreu na Rodovia Anhanguera, em Americana, no início de março. Segundo os profissionais, a ação rápida dos socorristas e da equipe do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi foi fundamental para a sobrevivência do atleta.

“O resultado positivo do Pedro Severino demonstra que todos os procedimentos, desde o acidente até o momento atual, foram realizados com eficiência e competência”, afirmou o neurocirurgião Dr. Romeo Boullosa, ao destacar a precisão e a sincronia no atendimento, desde os primeiros socorros no local do acidente até o encaminhamento para atendimento especializado.

O médico intensivista e coordenador da UTI de Ribeirão Preto, Dr. Gil Teixeira, também comentou sobre a ativação do protocolo de morte encefálica. “A abertura do protocolo é mundial, são etapas avaliadas para constatação da morte, todas as etapas devem estar finalizadas para constatar reflexos de funcionamento do cérebro. O que é mais importante é a questão da descontinuação do protocolo já numa etapa inicial, assim que detectado o reflexo presente, que foi o reflexo de tosse. Não dá para se falar em precocidade ou não, dá para falar da assertividade da descontinuação do protocolo, que foi aberto nada mais para testar os reflexos do paciente.”

A Dra. Amanda Benelli Kujavo reforçou o papel da equipe de Americana no desfecho positivo do caso. “O termo milagre é um julgamento de cada um, dependendo de suas crenças. Porém o nosso milagre, aqui, foi extremamente realizado por seres humanos, em decorrência da capacidade técnica de toda a equipe médica e profissional que atendeu o Pedro, desde Americana. Esse é o primeiro componente do milagre. O segundo componente do milagre foi o amor dos pais do Pedro, que estiveram presentes em todos os momentos, e também de toda a equipe multidisciplinar que o acompanhou, pois ele não era apenas um jogador, e sim um filho. E o terceiro fator foi a idade e as condições: um jovem, atleta e com condicionamento físico. Além, é claro, da fé da família, que deu suporte para que eles enfrentassem todos os momentos”.

Pedro Severino recebeu alta hospitalar e se recupera em casa, com acompanhamento médico. Sua história é considerada um exemplo do impacto da preparação e da resposta rápida de equipes de emergência.