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Operação realiza buscas em estabelecimentos ligados a casos de intoxicação de metanol
Mapeamento da cadeia de distribuição pela Fazenda estadual identifica indícios de irregularidades em estabelecimentos de Guarulhos, Osasco e capital
Por Keller Stocco
16 de Outubro de 2025 às 13:48
A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), em parceria com a Polícia Civil, deflagraram nesta quinta-feira (16) uma nova fase da operação “Gota a Gota”. A investigação conduzida pela equipe de fiscalização da Sefaz-SP aponta a ligação entre um dos fornecedores de bebidas e dois bares onde foram constatadas vítimas de intoxicação após o consumo de bebidas destiladas adulteradas.
A ação integra os esforços da força-tarefa do Governo de São Paulo, que investiga e fiscaliza o setor de bebidas destiladas para combater irregularidades na comercialização e coibir práticas que coloquem em risco a saúde da população.
Nesta etapa, foram fiscalizados dez alvos nas cidades de Guarulhos (6), Osasco (2) e na capital paulista (2). Oito deles não foram encontradas nos endereços declarados ao fisco, o que é um indício que as notas emitidas para estes estabelecimentos são “frias”. Por isso, as oito empresas terão inscrições estaduais suspensas.
“O dia de hoje é importante porque foi encontrado um fornecedor que segue um caminho de documentos fiscais que chegam aos dois bares que já tiveram, infelizmente, casos de contaminação”, informou o auditor fiscal Marcio Araujo.
Foi possível identificar também mudanças de endereços e de razões sociais entre contribuintes, e que sugere indícios de grupos e redes coligadas de atuação no setor de bebidas destiladas, desde os desdobramentos das investigações. “Num só endereço, eram cinco empresas. Chamou a atenção que uma delas pediu alteração de razão social e alteração de endereços na semana passada após infelizmente os fatos ocorridos.”
As equipes da Receita Estadual da Sefaz-SP, compostas por auditores fiscais especializados em inteligência tributária e análise de dados, atuam no rastreamento de notas fiscais eletrônicas e movimentações comerciais suspeitas para identificar possíveis operações simuladas, origens não comprovadas e fraudes na cadeia de distribuição de bebidas.
Participaram da operação 30 auditores fiscais da Receita Estadual da Sefaz-SP e 25 policiais civis do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC).